Ouvidoria   

Debates do Rio Grande discute o desenvolvimento do Vale do Rio Pardo

Evento promovido pela Unimed RS e Rádio Gaúcha aconteceu em Santa Cruz do Sul

28 de outubro de 2011

 

O comunicador Lasier Martins mediou a participação dos painelistas.

Ao menos um ponto de vista foi compartilhado pelos quatro painelistas do Debates do Rio Grande, realizado na noite de 19 de outubro, no Auditório Central da Unisc, em Santa Cruz do Sul. A diversificação da matriz econômica do Vale do Rio Pardo não exclui a cadeia produtiva do fumo. 

O evento, em sua oitava etapa, é uma realização da Federação das Unimeds do Rio Grande do Sul e da Rádio Gaúcha que percorrerá 11 regiões para discutir o desenvolvimento econômico e social nas comunidades do Estado. O debate foi mediado pelo apresentador Lasier Martins. Durante cerca de duas horas, o presidente da Associação Santa Cruz Novos Rumos, Flávio Haas, o ex-prefeito de Vera Cruz e presidente do Sicredi, Heitor Petry, o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, e o reitor da Unisc, Vilmar Tomé, apresentaram suas opiniões sobre a situação socioeconômica do Vale do Rio Pardo.

O debate foi dividido em quatro blocos. Convidado a se manifestar durante a terceira parte do debate, o presidente da Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (Unimed VTRP) Carlos Antonio da Luz Rech destacou a importância do cooperativismo, principalmente o cooperativismo médico praticado pelo Sistema Unimed, como instrumento para o desenvolvimento das pessoas e da economia. Carlos Rech enfatizou que podem ser desenvolvidas na região mais iniciativas cooperativas, como nas áreas de geração de energia e produção de alimentos. Por fim, o presidente da Unimed VTRP uniu-se aos painelistas em defesa da transformação de Santa Cruz do Sul em um pólo regional de saúde e destacou a atuação dos hospitais do município, Hospital Santa Cruz e Ana Nery. “Temos profissionais qualificados, o curso de Medicina e poderemos sim ser referência em saúde”, afirmou.

Debatedores defenderam a contribuição da fumicultura à economia

Durante o evento, os painelistas puderam se manifestar sobre as diferentes questões que envolvem o futuro da região. Heitor Petry destacou que existe espaço para diversificação do campo no Vale do Rio Pardo, com a adoção de atividades como a pecuária de leite e corte e a piscicultura, mas não há necessidade de deixar o fumo de lado. “A fumicultura e o tabaco são o carro-chefe de nossa economia”, ponderou. O reitor Vilmar Tomé lembrou que a cultura do fumo possui uma tradição de cerca de 100 anos na região. “A defesa do tabaco inclui a defesa dos agricultores, dos trabalhadores da indústria e dos municípios que arrecadam os impostos decorrentes dessa atividade”, afirmou. Para o reitor, a diversificação deve ser buscada como meio para a região atingir o desenvolvimento, e não como um fim em si. Em uma de suas manifestações, Flávio Haas cobrou mais participação da comunidade regional na busca de soluções para o Vale do Rio Pardo. “Somos nós como sociedade que devemos nos unir para que tenhamos o devido retorno do que geramos para o Estado em impostos”, disse. O presidente da Afubra destacou que uma das preocupações da associação é a manutenção dos agricultores no meio rural. Para isso, a entidade já iniciou uma ação para estimular o trabalho em cooperativas e a produção integrada nas propriedades, agregando, além da plantação do tabaco, a criação de aves e suínos, por exemplo. Ainda durante a programação, o economista Paulo de Tarso Pinheiro Machado, representante da Agenda 2020, apresentou um estudo sobre os indicadores da região. Dentre os itens apontados, o levantamento demonstrou a necessidade de investimentos em saneamento e na duplicação da RS-287.
No domingo, 23/10, o debate será exibido na TV COM, a partir das 23h15min. O evento ainda passará pelos municípios de Canoas (08/11), Alegrete (29/11) e Santa Maria (13/12).

Carlos Rech destacou a importância do cooperativismo como alternativa de desenvolvimento.

Categoria: Unimed VTRP