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Lixo: repense, reduza, reutilize, recupere e recicle

09 de julho de 2015

A preservação do meio ambiente começa com pequenas atitudes diárias, que fazem toda a diferença. Uma das mais importantes é a reciclagem do lixo, que reduz o impacto sobre o meio ambiente: diminui as retiradas de matéria-prima da natureza, gera economia de água e energia e reduz a disposição inadequada do lixo. As vantagens da separação do lixo doméstico ficam cada vez mais evidentes. Além de aliviar os lixões e aterros sanitários, chegando até eles apenas os rejeitos (restos de resíduos que não podem ser reaproveitáveis), grande parte dos resíduos sólidos gerados em casa pode ser reaproveitados. A reciclagem economiza recursos naturais e gera renda para os catadores de lixo. Segundo a pesquisa Nacional de Saneamento Básico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são recolhidas no Brasil cerca de 180 mil toneladas diárias de resíduos sólidos. Os materiais gerados nessas atividades são potencialmente matéria prima e/ou insumos para produção de novos produtos ou fonte de energia.   Blog Unimed VTRP separar lixo   Separando lixo doméstico Mas, você sabe o que pode ser reciclado dentro de casa? Entra neste processo todos os itens que poderão retornar à cadeia produtiva e virar outros produtos, como jornais, revistas, caixas de papelão, garrafas plásticas, recipientes de limpeza, latas, embalagens, entre outros. Para contribuir com o meio ambiente, alguns cuidados devem ser tomados no momento da separação do lixo. O primeiro deles é não misturar recicláveis com orgânicos. Coloque plásticos, vidros, metais e papéis em sacos separados. Lembre-se também de lavar e secar as embalagens antes de colocar nos coletores indicados. Os papéis devem estar secos, podendo estar dobrados, porém, não amassados. Os vidros quebrados, bem como outros materiais cortantes, devem ser embrulhados em papel grosso (do tipo jornal) e colocados dentro de uma caixa, a fim de evitar acidentes. Garrafas e frascos não devem ser misturados com vidros planos.   Blog Unimed VTRP Separação lixo   Mais do que separar o lixo doméstico, podemos pensar antes de adquiri-lo. Nas compras, prefira sempre as embalagens mais simples e recicláveis, como o papel. Verifique se ela é sustentável, aquela que não agride o meio ambiente, ou se pode ser reciclada. Se não tiver opção, desmonte-a, separando as partes de metal, plástico e vidro. Se puder, dispense as sacolas plásticas e substitua estes modelos por outros que possam ser reutilizados e que não agridem o meio ambiente, como as sacolas de pano. Elas podem ser encontradas em lojas de produtos naturais ou mesmo nos supermercados. Planeje o que fazer com seus resíduos e não os misture transformando-os em lixo. Todo lixo seco poderá ser separado novamente, identificado e ter uma destinação final adequada.   Blog Unimed VTRP reciclar plástico   Portanto, se não misturamos os resíduos, estes não se tornarão lixo. Serão identificados e poderão ser reciclados. Este é o princípio importante da sustentabilidade ambiental. Destas premissas se originou a teoria dos 5 R’s, ou seja, as 5 atitudes que devemos tomar para colaborar com o meio ambiente quanto aos resíduos e ao lixo:

    • Repensar – Reveja sua vida, seu consumo, suas atitudes. Harmonize seu ser como parte integrante do todo. Tenha cuidado você, com os outros seres e com o meio ambiente;
    • Reduzir – Repense seu consumo e organize-se de forma a gerar cada vez menos lixo. Cuide também o seu consumo de energia e água, reduzindo sempre que possível;
    • Reutilizar – Reutilize tudo o que for possível, desde uma folha de papel, usando os dois lados, até embalagens;
    • Recuperar – Recupere o que for possível antes de comprar um novo. Sapatos, móveis, eletrodomésticos, entre outros;
    • Reciclar – O lixo deve ser visto como matéria prima para outros produtos. Por isso, organize seu lixo de forma a transformá-lo em outros produtos. A reciclagem polui menos e economiza energia.

    Lixo orgânico transforma-se em adubo Em um mundo onde o desperdício é cada vez mais intolerado, a prática da compostagem vem ganhando adeptos. Pode até parecer estranho, mas é possível fazer isso em casa. O método simples consiste em transformar restos de alimentos em adubo, que pode ser usado, por exemplo, em uma horta doméstica ou mesmo nas plantas do seu jardim. Conforme especialistas, a compostagem é um processo biológico e aeróbio em que micro-organismos (bactérias e fungos) e os macro-organismos (minhocas e centopeias) são os responsáveis pelo processo de transformação do alimento em adubo de excelente qualidade, a um custo muito baixo. Embora seja uma prática milenar, a compostagem doméstica é um passo significativo para a sustentabilidade, pois evita desperdiçar um recurso perfeitamente reutilizável. Diferente do que muitos pensam, investir na prática reduz os resíduos orgânicos e, de quebra, as emissões de dióxido de carbônico (CO2). A composteira, ou minhocário, é feito de três caixas plásticas, sendo que as duas de cima são cheias de terra. No recipiente superior, ficam as cerca de 200 minhocas que vão tocar o trabalho. Em geral, são usadas minhocas californianas, que são especialistas em restos orgânicos. As sobras de comidas como cascas de legumes e pedaços de frutas são despejadas nesta caixa.   Blog Unimed VTRP Compostagem   Mas nem tudo pode ir para lá. Sementes, borra de café, sobras de alimentos cozidos ou estragados (sem exageros) e cascas de ovo podem ser utilizados. Materiais como saquinhos de chá, serragem, gravetos, papelão, papel jornal e palitos de fósforo também podem entrar na composteira sem problemas. Na lista dos alimentos vetados estão as carnes de qualquer especie e os queijos – que podem apodrecer – além de cascas de limão, laticínios, óleos, gorduras, papel higiênico usado, frutas cítricas em excesso e sal em excesso não devem ser compostados neste modelo caseiro. Após cobrir tudo com serragem ou palha, para manter a umidade, fecha-se a tampa e as minhocas partem para a ação. O sucesso do minhocário depende da nossa alimentação. Quanto mais diversificado for o lixo, mais rico será o adubo. Assim que fica cheia, esta caixa passa para o segundo andar onde, por cerca de dois meses, as minhocas vão trabalhar na digestão. O recipiente que estava no segundo andar vai para o topo, onde receberá os novos restos de comida. Enquanto rola o processo de decomposição, um líquido rico em nutrientes e livre de bactérias escorre para a caixa da base, onde fica armazenado. Esse chorume, como é chamado, pode ser coletado e depois pulverizado nas plantas, servindo de adubo e pesticida. À medida que os alimentos são absorvidos, a maioria das minhocas ruma para a caixa do topo em busca de mais comida. No recipiente intermediário, temos o adubo pronto, fresquinho para ser utilizado nos jardins e vasos.   Blog Unimed VTRP Materiais reciclados   Fique atento!

  • Papéis: todos os tipos são recicláveis, inclusive caixas do tipo longa-vida e de papelão. Não recicle papel com material orgânico, como caixas de pizza cheias de gordura, pontas de cigarro, fitas adesivas, fotografias, papéis sanitários e papel-carbono;
  • Plásticos: 90% do lixo produzido no mundo tem como matéria prima o plástico. Por isso, esse material merece uma atenção especial. Recicle sacos de supermercados, garrafas de refrigerante (pet), tampinhas e até brinquedos quebrados;
  • Vidros: quando limpos e secos, todos são recicláveis, exceto lâmpadas, cristais, espelhos, vidros de automóveis ou temperados, cerâmica e porcelana;
  • Metais: além de todos os tipos de latas de alumínio, é possível reciclar tampinhas, pregos e parafusos. Atenção: clipes, grampos, canos e esponjas de aço devem ficar de fora;
  • Isopor: Ao contrário do que muita gente pensa, o isopor é reciclável. No entanto, esse processo não é economicamente viável. Por isso, é importante usar o isopor de diversas formas e evitar ao máximo o seu desperdício. Quando tiver que jogar fora, coloque na lata de plásticos. Algumas empresas transformam em matéria-prima para blocos de construção civil.

Faça sua parte e ajude a cuidar do meio ambiente!