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Vacina contra a gripe x vacina contra a Covid-19: perguntas e respostas para você se proteger

Fique ligado nas datas, e quando chegar a sua vez, imunize-se em seu município

16 de abril de 2021

Este é o segundo conteúdo da série “Passei pelo Covid, e agora?“. As publicações acontecem sempre nas terças-feiras. Para conferir todos os conteúdos, visite a página especial da série ou siga a Unimed VTRP nas redes sociais, no Instagram, Facebook, Youtube e LinkedIn.

Começou em 12/04 a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Os públicos prioritários são crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde e povos indígenas. Serão, no total, três etapas da campanha, totalizando 5 milhões de pessoas aptas a receber a vacina no Rio Grande do Sul.

A partir de 11 de maio, poderão se vacinar os idosos (60 anos ou mais) e professores. Na última etapa, que começa em 9 de junho e termina em 9 de julho, será a vez dos demais grupos prioritários (pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente e outros, veja abaixo).

Importante: a vacina gripe NÃO protege contra a Covid, mas ajuda a evitar a sobrecarregar o sistema de saúde. Então, quando chegar a sua vez, vacine contra a Covid e vacine-se contra a gripe!

A vacinação contra a gripe acontece ao mesmo tempo da vacinação contra a Covid-19. Ambas as campanhas pretendem imunizar quase 80 milhões de pessoas. Além deste número superlativo, surgem dúvidas se há necessidade de se tomar os dois imunizantes e, principalmente, qual priorizar, não é mesmo?

Por isso, preparamos este conteúdo, com perguntas e respostas sobre o tema. Confira, informe-se e VACINE-SE!

Covid-19 x Gripe

1 – Qual vacina tomar primeiro?

A da Covid-19. Ela é a doença mais grave, por isso deve ser priorizada. Em função da ausência de estudos sobre a coadministração das vacinas da gripe e da Covid-19, o Ministério da Saúde recomenda que a prioridade seja a vacinação contra a Covid-19.

“Para pessoas que fazem parte do grupo prioritário da vacinação contra influenza e que ainda não foram vacinadas contra a Covid-19 devem ser priorizadas as doses contra a Covid-19 e agendada a vacina contra a Influenza, respeitando um intervalo mínimo de 14 dias entre elas”, orienta o Ministério da Saúde na nota informativa sobre a vacinação contra a gripe.

2 – Posso tomar as duas vacinas ao mesmo tempo?

Isto não é recomendado pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade Brasileira de Imunizações. Faltam estudos que comprovem a segurança e a eficácia das vacinas contra Covid-19 nessas situações, bem como para facilitar o monitoramento de eventos adversos pós-vacinação.

O Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que a contraindicação não é absoluta. Em situações emergenciais o intervalo mínimo preconizado (14 dias antes e depois) pode ser desconsiderado. Mas estes casos devem sem avaliados com o seu médico.

3 – Já tive Covid-19, posso tomar a vacina da gripe?

Sim, deve! A recomendação é que a vacinação seja adiada nas pessoas que tiverem sintomas suspeitos de Covid-19, como febre, tosse seca e falta de ar. Neste caso, conforme o Ministério da Saúde, deve-se aguardar pelo menos quatro semanas após os primeiros sintomas de Covid.

4 – Estou com Covid-19, posso tomar a vacina da gripe?

Sim, desde que não esteja com febre. Lembre-se de que, quando estiver com a doença, você deve respeitar o isolamento mínimo de 10 dias.

5 – Por que é importante tomar as duas vacinas?

Tanto a Covid-19 quanto a gripe são doenças respiratórias. A Covid-19 pelo vírus Sars-Cov-2 e a gripe pelo vírus da Influenza. O problema é que ambas são transmitidas por contato respiratório e, no início, podem ter quadros muitos parecidos.

Por isso, se vacinar contra a Covid-19 e contra a gripe quando chegar a sua vez é um ato de cidadania, que a ajuda a desafogar o sistema de saúde.

E durante a vacinação contra o coronavírus, a principal dúvida é se pessoas que já tiveram ou estão com a Covid-19 podem tomar a vacina e, em caso de poderem, quanto tempo devem esperar.

6 – Grávidas podem tomar as duas vacinas?

A segurança e eficácia das vacinas contra a Covid-19 ainda não foram avaliadas no grupo de gestantes, lactantes e puérperas. Estudos realizados em animais não demonstraram risco de malformações. Por isso, é recomendado que seja feita uma avaliação entre a paciente e o seu médico para a melhor decisão.

A Sociedade Brasileira de Imunologia recomenda a vacinação contra a Covid-19 para gestantes a partir do terceiro trimestre de gravidez.

O Ministério da saúde preconiza que, para as mulheres pertencentes a um dos grupos prioritários, que se apresentem nestas condições (gestantes, lactantes ou puérperas), que a vacinação seja realizada após avaliação dos riscos e benefícios e com decisão compartilhada, entre a mulher e o seu médico.

7 – Como funciona a vacinação para gripe nas crianças?

Para crianças que estiverem recebendo a vacina contra a gripe pela primeira vez, devem ser aplicadas duas doses, com intervalo mínimo de 4 semanas entre elas.

8 – Quais são os grupos prioritários para a vacinação contra a gripe?

9 – Por que é importante a vacina da gripe mesmo durante uma pandemia de covid-19?

A gripe é uma doença sazonal. Ela tem o pico de incidência nos meses frios. É endêmica. Ela começa no inverno, nos hemisférios Norte e Sul. A gripe influenza tem alta letalidade em idosos, crianças e gestantes. Por isso a importância desses grupos de tomarem a vacina, porque é uma doença de transmissão respiratória também.

10 – A vacina da gripe oferece algum tipo de risco?

A vacina da gripe é feita com fragmentos das espículas (partes) do vírus Influenza. Não existe a partícula viral. Então, não há risco algum.

11 – Há alguma contraindicação?

Só há uma contraindicação: a vacina da gripe é cultivada em ovos, no Instituto Butantã. Então, pessoas com alergia a componentes de ovos – o que é muito raro – não devem tomar essa vacina. De resto, não há qualquer contraindicação. Gestantes e crianças acima de seis meses podem tomar essa vacina.

12 – Quem está gripado ou com febre pode tomar a vacina da gripe?

Essa questão da gripe precisa ser bem explicada. A maioria das pessoas fica resfriada, com coriza. A gripe é uma doença grave, as pessoas ficam acamadas. Essas pessoas não devem tomar a vacina. Devem esperar 15 dias para tomar a vacina, se tiver certeza que seja gripe. Resfriado ou febre baixa não são contraindicações para a vacina da gripe.

13 – Idosos que tomaram a primeira dose da vacina contra a covid-19 e esqueceram de tomar a segunda dose, o que devem fazer?

Temos que insistir nisso: o ideal é tomar a segunda dose entre duas e quatro semanas após a primeira dose. Mas quem esqueceu de tomar a segunda dose pode procurar os postos de vacinação e tomar a vacina em qualquer momento. Não deve deixar de tomar essa segunda dose. Mesmo se passou mais de um mês. Essa segunda dose é um reforço para aumentar os anticorpos da primeira dose.

14 – Após tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19, em quanto tempo uma pessoa pode ser considerada satisfatoriamente imunizada?

Depois de duas semanas, após a segunda dose, considera-se que essas pessoas estejam protegidas.

15 – Quem tomou as duas doses da vacina contra a covid-19 está livre de ser contaminado?

Quem tomou as duas doses, mesmo depois de 14 dias, não está invulnerável. Mesmo quem tomou as duas doses tem que continuar com as medidas de proteção como uso de máscara e lavagem constante das mãos. Temos variantes virais e outras situações que são levadas em conta.

16 – O prazo de 14 dias após a segunda dose vale tanto para a CoronaVac como para a vacina de Oxford (AstraZeneca)?

Sim. Normalmente, o pico de produção de anticorpos é de 14 dias após a segunda dose.

17 – Se eu tomar a Coronavac, como devo proceder?

Como o intervalo costuma ser de três semanas entre as doses, não há tempo para receber a vacina da gripe entre a primeira e a segunda dose. Neste caso específico, é preciso aguardar a conclusão do esquema de dose da vacina Coronavac, aguardar mais 14 dias para então se vacinar contra a gripe.

Fontes consultadas: Ministério da Saúde, Secretaria de Saúde do Estado do RS, Sociedade Brasileira de Imunologia