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Tristeza ou depressão? Entenda as diferenças e saiba como oferecer ajuda

10 de setembro de 2020

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que há 300 milhões de pessoas, de todas as idades, com depressão no mundo. A depressão é mais do que sentir-se triste por alguns dias. O órgão define a depressão como um transtorno mental caracterizado por tristeza persistente e perda de interesse em atividades que normalmente são prazerosas, acompanhadas da incapacidade de realizar atividades diárias, durante pelo menos duas semanas.

A depressão afeta o modo como a pessoa se sente, pensa e se comporta e pode desencadear diversos problemas emocionais e físicos.

O transtorno depressivo pode ser leve, moderado ou grave. Na classificação leve, a depressão pode não gerar grande prejuízo ao funcionamento global da pessoa, mas pode causar dificuldade em continuar um trabalho simples e de estar em atividades sociais.

Em um episódio mais grave, é mais provável que não consiga desempenhar atividades sociais, de trabalho ou domésticas.

O QUE CONTRIBUI PARA A DEPRESSÃO?

Não existe uma causa única que resulte na depressão. Ela é resultado da interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Alguns eventos como trauma psicológico, luto, desemprego podem servir como gatilho para o transtorno. Em outras ocasiões, o transtorno pode surgir aparentemente sem motivo. Há ainda uma relação entre a depressão e algumas doenças. Doenças cardiovasculares, por exemplo, podem levar à depressão, assim como o inverso também acontece.

O tratamento para a depressão existe e pode ser bastante eficaz com a ajuda de profissionais de saúde, que podem indicar tratamentos psicológicos ou, em alguns casos, medicamentos.

Depressão em crianças e adolescentes

A depressão também pode atingir crianças e adolescentes. Apesar de existir algumas semelhanças nos sintomas dos adultos, podem ocorrer também algumas diferenças.

Em crianças mais jovens podem ocorrer tristeza, irritabilidade, sensação de aperto, preocupação, dores, recusar-se a ir à escola ou estar abaixo do peso.

Na adolescência, os sintomas podem ser de tristeza, irritabilidade, sentir-se negativo e sem valor, raiva, mau desempenho ou baixa frequência escolar, sentir-se incompreendido e extremamente sensível, usar drogas ou álcool, comer ou dormir demais, autoflagelação, perda de interesse em atividades normais e evitar a interação social.

SINTOMAS GERAIS

  • Cansaço ou perda de energia
  • Mudanças no apetite
  • Aumento ou redução do sono
  • Ansiedade
  • Perda de concentração
  • Indecisão
  • Inquietude
  • Explosão de raiva, irritabilidade ou frustração
  • Sensação de tristeza, vazio, culpa ou desesperança
  • Pensamentos de suicídio ou de causar danos a si mesmas
  • Problemas físicos inexplicáveis, como dor nas costas ou dores de cabeça

Algumas ações podem ajudar na prevenção da depressão como programas escolares que promovem um modelo de pensamento positivo entre crianças e adolescentes; intervenções direcionadas aos pais de crianças com problemas comportamentais podem reduzir os sintomas depressivos dos pais e melhorar os resultados dos filhos; e programas de exercício para idosos também podem ser eficazes.

COMO AJUDAR?

  • Conversar com pessoas de confiança sobre seus sentimentos
  • Buscar ajuda com um profissional de saúde
  • Saber que ao receber cuidados adequados, há perspectiva de melhora
  • Realizar as atividades que fazia quando estava bem
  • Manter contato com família e amigos
  • Fazer exercícios regularmente, como uma caminhada
  • Comer e dormir regularmente
  • Aceitar o fato de que talvez tenha depressão e entender que talvez não consiga realizar tudo o que gostaria no momento
  • Evitar o consumo de álcool
  • Procurar ajuda se tiver pensamentos suicidas
  • Procurar a ajuda de um profissional de saúde