Ouvidoria   

Descobri que sou celíaco, e agora?  

Entenda a doença celíaca e confira algumas dicas para se adaptar

15 de maio de 2023

A doença celíaca não é um diagnóstico fácil de receber, ela é definida como uma doença autoimune e de predisposição genética, um distúrbio digestivo que provoca intolerância permanente ao glúten. 

A única forma de tratar é eliminado totalmente o glúten da alimentação.  

O glúten é um complexo de proteínas encontrado na família das gramíneas cultivadas, como trigo, cevada e centeio e em seus derivados. Está presente em diversos alimentos como pães, massas, pizzas, biscoitos e em bebidas como a cerveja.  

Descobriu que é celíaco? Saiba que você não está sozinho, estima-se que 1% da população mundial seja celíaco. A notícia boa é que o aumento dos diagnósticos nos últimos anos, aumentou também a oferta de produtos, de acordo com dados da Gluten Free Brasil, um dos principais eventos nacionais no assunto, nos últimos 15 anos houve um aumento de mais de 400% do mercado sem glúten no País.  

Algumas dicas podem ajudar a se adaptar à nova realidade: 

  1. É importante buscar orientação médica e nutricional, pois a remoção de grãos contendo glúten pode levar à diminuição do teor de nutrientes da dieta, principalmente minerais, vitaminas do complexo B e fibras. A má absorção intestinal também pode causar deficiência de ferro, ácido fólico, vitamina B12, vitamina D, cálcio e zinco. 
  1. Pesquise receitas e faça o seu acervo, desenvolva suas habilidades culinárias para diversificar a dieta; 
  1. Aprenda a fazer substituições – criatividade é o segredo para conseguir preparar toda e qualquer receita, independente das restrições alimentares. Substitua as farinhas que contém trigo, centeio, cevada, malte ou aveia. Utilize creme ou farinha de arroz branco ou integral, polvilho doce ou azedo, fécula de batata, fécula de mandioca, farinha de milho, fubá, farinha de mandioca, fécula de milho, maizena, farinha de soja ou semolina de milho. 
  1. Priorize a ingestão de alimentos naturalmente sem glúten, como frutas, vegetais, fontes de proteínas animais e vegetais, laticínios, gorduras e óleos, para fornecer uma base nutricional sólida. 
  1. Adicione na dieta a alternativa de grãos integrais naturalmente sem glúten, como amaranto e quinoa, por exemplo, para o fornecimento de fibras, vitaminas do complexo B e minerais.  
  1. Fique atento aos rótulos dos produtos. Não adquira alimentos que contenham pelo menos uma das seguintes inscrições: contém glúten, trigo, centeio, aveia, malte, amido ou amido modificado, cevada, extrato de malte, xarope de malte, proteína vegetal texturizada ou hidrolizada. 
  1. Cuidado com a contaminação cruzada, que acontece quando produtos sem glúten compartilham as instalações e/ou equipamentos com alimentos que contêm glúten. Não asse ao mesmo tempo produtos que contém glúten com outros que não contém. No caso das frituras, é preciso utilizar óleo novo para os alimentos sem glúten. 
  1. Tenha em casa seus próprios produtos de passar no pão, como manteiga, requeijão e doces, pois ao compartilhá-los aumenta a probabilidade de contaminar estes alimentos com resíduos que contenham glúten. 
  1. Limite o consumo de alimentos processados e evite os ultraprocessados. 
  1. A Organização Mundial da Saúde recomenda consumir pelo menos 5 porções (400g) de frutas e vegetais não amiláceos por dia. São vegetais que não possuem grande quantidade de amido em sua composição, como por exemplo: tomate, brócolis, couveflor, cenoura, abóbrinha, folhosos, entre outros. 

A doença celíaca deve ser levada a sério! O início é difícil, mas é importante encontrar formas de superar, se adaptar e encontrar a felicidade longe do glúten. 🙏  

Fonte: Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil – Fenacelbra e Ministério da Saúde 

Categoria: #CuidarDeVocê