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Inclusão e diversidade no mercado de trabalho: uma tarefa diária

Felizmente, ambos os temas tem cada vez mais ganhado espaço no dia a dia. Neste sábado, 04/01, é comemorado em todo o planeta o Dia Mundial do Braile. Mas, você sabe como o braile foi inventado?

03 de janeiro de 2020

Felizmente, inclusão e diversidade tem cada vez mais ganhado espaço no mercado de trabalho e nos sistemas educacionais ao redor do globo. Neste sábado, 04/01, é comemorado em todo o planeta o Dia Mundial do Braile, ferramenta que promove ambientes mais diversos e inclusivos nas escolas, universidades e empresas. Mas, você sabe como o braile foi inventado?

Essa história começou no século XIX, quando o jovem Louis Braille, que era deficiente visual, resolveu buscar uma solução para poder buscar mais conhecimento.

Aos 3 anos, Braille brincava na oficina do pai em Coupvray, na França, e furou um dos olho com uma ferramenta. Ele recebeu cuidados, mas o machucado infeccionou também o outro olho, e ele ficou completamente cego.

No século XIX, existia um sistema de leitura para cegos. Na prática, as pessoas com deficiência precisavam arrastar o dedo ao longo de letras em relevo. O problema é que a leitura era muito morosa, além de ser muito complicado diferenciar pelo toque as letras dos alfabetos. A maioria das pessoas pessoas com deficiência tinha muita dificuldade.

Em 1821, o Dr. Alexandre François-René Pignier, professor de Louis Braille, convidou um homem chamado Charles Barbier para palestrar a uma sala de estudantes no Instituto Nacional para Jovens Cegos, em Paris. Barbier tinha desenvolvido um sistema de “escrita noturna” para militares usando pontos em relevo, depois que Napoleão solicitou um sistema de comunicação que os soldados pudessem usar mesmo no escuro, sem fazer qualquer som ao ler.

O sistema de Barbier era muito complexo para os militares, e foi rejeitado. No entanto, acreditava-se que ele poderia ser útil para os cegos, o que levou o Dr. Pignier a convidar Barbier para demonstrá-lo.

O sistema não era muito bom para leitura e escrita, pois era excessivamente complexo, usando uma matriz de 6×6 pontos para representar letras e fonemas. Além disso, a matriz grande impedia que você pudesse senti-la de uma só vez com a ponta do dedo – era preciso movê-lo.

Ainda assim, Braille ficou inspirado e, quando adolescente, começou a trabalhar na ideia. Ele pegou um pedaço de papel, uma lousa e uma caneta, fazendo buracos e tentando encontrar algo que funcionasse.

Em 1825, Braille mal tinha dezesseis anos, mas achava ter encontrado algo ao mesmo tempo funcional e superior ao sistema existente (de letras em relevo). Seu código original consistia em seis pontos dispostos em duas fileiras paralelas; cada conjunto de linhas representava uma letra. Isso era mais simples do que o sistema de Barbier, e ainda versátil o suficiente para permitir até 64 variações, o suficiente para todas as letras do alfabeto e pontuação.

Isso também era facilmente adaptável para outros idiomas que não o francês. E o mais importante: em vez de identificar uma letra inteira, era muito mais fácil sentir a disposição dos pontos no papel, tornando a leitura para cegos significativamente mais rápida e mais fácil.

O Dr. Pignier ficou satisfeito com o trabalho de Braille, e incentivou seus alunos a usar o novo sistema. Infelizmente, ele foi demitido do cargo de diretor, devido à sua insistência em usar o sistema de Braille, em vez do sistema de letras em relevo – que era o padrão da época.

No entanto, o próprio Braille se tornou professor no instituto e ensinou o código para seus alunos. Em 1834, aos vinte e cinco anos, Braille foi convidado para demonstrar os usos do seu sistema em uma exposição em Paris, estimulando ainda mais a sua popularidade. A esta altura, Braille também havia publicado um livro sobre como usar o código. Ele foi escrito com letras em relevo, mas incluía a escrita em braile para demonstrar seu uso.

Apesar disso, o Instituto Nacional de Jovens Cegos ainda se recusava a adotar oficialmente o sistema de Braille. Foi só em 1854, dois anos após a morte de Braille e oito anos após uma escola em Amsterdã adotar seu método, que a antiga escola de Braille finalmente passou a usar o braile, e só porque os alunos exigiram a mudança. Até o final do século XIX, o braille foi adotado em quase todo o mundo – com exceção dos EUA, que só o fez em 1916.

Legal, não?

Como bônus, aqui você pode entender melhor como funciona a Grafia Braile para a Língua Portuguesa.

Diversidade e inclusão

A história de Louis Braille é uma prova da importância da empatia e da inclusão no mercado de trabalho e no sistemas de educação. De acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 45 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência. Nas escolas, segundo dados do Ministério da Educação e Cultura (MEC), o acesso de pessoas com deficiência aumentou 381% entre 2003 e 2014. Nesse intervalo, o número de matrículas de pessoas com deficiência saltou de 145.141 para 698.768.

No mercado de trabalho, o desafio para pessoas com deficiência ainda é grande. Por gostaríamos de compartilhar uma história inspiradora.

Um exemplo disto é Fernando dos Santos Merlo. Ele voltou a trabalhar na Unimed VTRP em 2019, na área de Atendimento. Antes desse período, trabalhou na Auditoria por quase 8 anos. Nesse meio tempo ele ainda teve outra experiência profissional. “Quando você sai da Unimed, depara-se com uma realidade de oportunidades diferente. Aqui são oferecidos benefícios que para mim são muito importantes, como vale-alimentação e plano de saúde. Além disso, é uma empresa com base, que sempre busca melhorar”, afirma.

Fernando: oportunidade

Aos 13 anos, Fernando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Com isso, perdeu o movimento do lado esquerdo do corpo. Graças à fisioterapia e à hidroterapia, teve uma melhora, permanecendo apenas uma leve dificuldade de locomoção. “A Unimed também nos incentiva e possibilita outros caminhos, como atividades físicas e acompanhamento multiprofissional. Voltar à Cooperativa foi muito bom, tanto por já estar familiarizado com os processos internos, como, e principalmente, pela receptividade… fui muito bem acolhido!”, destaca.

A Unimed VTRP busca cada vez mais um ambiente diverso e inclusivo em seu dia a dia. A Cooperativa mantém as portas abertas para novos talentos. A busca por um ambiente de trabalho que respeite cada vez mais a diversidade, e o estímulo a ações que tornem a sociedade cada vez mais igualitária é parte de suas práticas sustentáveis.

A caminhada é constante, e uma das ferramentas para chegar lá é o Programa de Diversidade. Ele cria espaços plurais para o desenvolvimento de uma cultura de inovação, promovendo a diversidade por meio da inclusão das pessoas, da valorização e da garantia de oportunidades e tratamento igual para todos, abrindo espaço para diferentes habilidades.

Quer conhecer um pouco mais sobre nossa política de seleção de pessoas? Acesse nosso canal Trabalhe Conosco e fique por dentro.

BENEFÍCIOS PARA QUEM TRABALHA E PARA QUEM CONTRATA

A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é uma via de mão dupla. Os benefícios são percebidos tanto para quem trabalha, quanto para quem contrata. Conforme o site Talento Inlcuir, podemos enxergar assim esta relação:

BENEFÍCIOS PARA QUEM TRABALHA

  • Se integrar melhor à sociedade
  • Ter recursos financeiros próprios para investir em aperfeiçoamento
  • Custear um plano de saúde
  • Ser economicamente ativo
  • Ganhar em qualidade de vida
  • Senso de identidade

BENEFÍCIOS PARA QUEM CONTRATA:

  • Humanização da gestão
  • Eliminação do preconceito
  • Melhoria da acessibilidade
  • Diversidade de pensamento e realidades