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Vamos falar sobre a tireoide?

09 de novembro de 2016

Vira e mexe, quando o assunto é o peso corporal de uma pessoa – acima ou abaixo do normal – alguém questiona: “será que não está com problema na tireoide?”. Em geral associada neste contexto, a importância dessa glândula vai muito além disso. Localizada na parte inferior do pescoço e logo à frente da traqueia, a tireoide age na função de órgãos como o coração, cérebro, fígado e rins. Interfere no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; na regulação dos ciclos menstruais; na fertilidade; no peso; na memória; na concentração; no humor; e no controle emocional.   Blog Unimed VTRP saiba mais sobre a Tireóide   Quando não funciona bem, ela compromete a harmonia do organismo. Se libera hormônios em excesso, provoca o hipertiroidismo; se libera em quantidade insuficiente, o hipotireoidismo. As causas podem ser de origem inflamatória, familiar ou genética. Mas como saber se a tireoide está agindo como deveria? Quando a glândula produz hormônios em excesso (hipertireoidismo), o diagnóstico é mais visível, pois os sintomas e sinais são mais intensos, como taquicardia, sudorose (suor excessivo), emagrecimento acentuado, entre outros. No hipotiroidismo, no entanto, os sintomas são mais discretos e, muitas vezes, o diagnóstico é feito somente com a dosagem hormonal. É o chamado hipotireoidismo subclínico, muito comum após o envelhecimento e a menopausa.   Blog Unimed VTRP Exame Tireóide   Segundo o endocrinologista Mauro Thies, de Santa Cruz do Sul, um sintoma de alerta é um episódio de dor localizada na região da glândula. É uma dor aguda, de curta duração, que às vezes pode passar despercebida. Outros sintomas frequentes são cansaço, desânimo, dores musculares e articulares, pele seca, queda de cabelos, palpitações, alterações do hábito intestinal e alterações menstruais. O tratamento é feito com uso de medicação, por via oral, que geralmente se estende por um tempo prolongado. Porém, casos pontuais de hipertiroidismo, também podem ser tratados com uma dose única de iodo radioativo, fazendo com que a glândula volte ao funcionamento normal. “Sabemos que processos inflamatórios, assim como situações de muito estresse, acabam precipitando o aparecimento de alterações da tireoide”, alerta o endocrinologista. Por isso a importância de uma vida saudável, com alimentação equilibrada e a prática de atividades físicas, evitando situações que acelerem a chegada do problema.   Blog Unimed VTRP Balança   Thies observa que algumas doenças podem ter como pano de fundo o mau funcionamento da tireoide, gerando uma demora no seu diagnóstico. Ele chama a atenção para os casos de dor de cabeça (cefaleia), anemia e processos depressivos que não respondem ao tratamento específico. Nestas situações, o médico deverá investigar se há um envolvimento indireto da glândula. O mesmo vale para mulheres que apresentam dificuldades para engravidar, ou, eventualmente, abortos. “Doenças de tireoide em geral têm inicio lento, insidioso e por isso até a pessoa procurar auxilio médico, podem se passar vários anos. Às vezes, há um aumento de volume da região anterior do pescoço. Essa situação é chamada de bocio. Em muitos casos, é apenas a partir disso a pessoa busca atendimento médico, somente por uma questão estética”, analisa o endocrinologista.  

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