Que barulho é esse?
26 de fevereiro de 2018
Um problema mais comum do que se imagina. Conhecido como acúfeno, tinnitus ou tinido, o zumbido no ouvido é um sintoma que geralmente está associado à perda auditiva. Por vezes confundido com uma doença, é um sinal do corpo dizendo que algo está errado. Pode ter som semelhante ao de uma abelha, panela de pressão, cachoeira, chiado, apito, cigarra, motor, sirene ou mesmo outros sons. E não pode, de maneira nenhuma, ser ignorado. “Ele pode ocorrer eventualmente, mas, para muitas pessoas, está presente o tempo todo. Pode afetar o sono, a concentração, a audição e as emoções em graus variados. Em alguns casos compromete de forma extrema a qualidade de vida das pessoas”, alerta a otorrinolaringologista Claudia Barros Coelho, doutora em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP) e médica da Unimed VTRP. Por isso, não deve ser ignorado.
Segundo a Agência Americana de Saúde Pública, ele pode ser considerado o terceiro sintoma que mais causa incômodo perdendo apenas para dor e tontura intensas e intratáveis. Conforme a médica Claudia Barros Coelho, que também é pesquisadora do grupo de zumbido do Departamento de Otorrinolaringologia e Cabeça e Pescoço da University of Iowa (EUA), um estudo da USP divulgado neste ano aponta que cerca de 45 milhões de pessoas no Brasil apresentam estes sintomas. O que significa 22% da população.
“O zumbido é um sintoma que está associado a muitas causas. A mais frequente é a perda auditiva, que ocorre em 90% dos casos. Pode ser a primeira manifestação de doenças metabólicas como o diabetes e aumento do colesterol, hipertensão, doenças da tireoide, anemia, deficiência de vitaminas e minerais. O zumbido também pode ser um efeito adverso de vários medicamentos”, acrescenta. Mas calma. O diagnóstico, conforme a médica Claudia, é feito com uma boa história clínica e exame físico adequado. Algumas vezes exames complementares são necessários, incluindo audiometria (teste feito em uma cabine para avaliar os níveis da audição), exames de sangue e exames de imagem. “É sempre importante procurar a opinião de um otorrinolaringologista”, pontua.
Crianças também já sofrem com o problema
Com a oferta de potentes fones de ouvido, cada vez mais coloridos e de diferentes lugares do mundo, o cuidado com a audição para evitar os incômodos zumbidos precisa ser mais detalhista. A otorrinolaringologista ressalta que o primeiro estudo epidemiológico no Brasil realizado em crianças, com idades entre cinco e 12 anos, ocorreu em Lajeado. ”Encontramos uma prevalência de 17% de crianças que tinham algum grau de incômodo causado pelo zumbido”, afirma.
Como prevenir o surgimento deste distúrbio?
O maior fator de risco para o zumbido é a exposição aos sons de alta intensidade (ruídos que excedam 85 a 90 decibéis) como música muito alta, buzinas, fones de ouvido, fogos de artifícios e ruídos no ambiente de trabalho. Portanto, para prevenir o zumbido:
- Mantenha o volume baixo;
- Avalie sua audição periodicamente;
- Reduza o tempo de exposição ao barulho;
- Cuide a posição do computador e uso prolongado do aparelho celular;
- Procure manter os objetos mais utilizados no trabalho ao alcance das mãos e tronco, evitando torções e deslocamentos desnecessários;
- Ouça e obedeça as orientações da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) da sua empresa;
- Utilize tampões (protetores auriculares) em ambientes ruidosos com muito ruído;
- Faça exercícios regularmente;
- Tenha uma dieta equilibrada.
Quer saber mais? Clique aqui e leia a matéria completa na edição da revista Simples Assim, da Unimed VTRP.
Categoria: Equilíbrio | Saúde Emocional, Filhos e Gestação