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As principais dúvidas das gestantes sobre a Covid-19

Reunimos aqui as principais informações sobre o que já se sabe sobre à Covid-19 em relação a gestação e os cuidados que as famílias devem tomar

06 de julho de 2021

Dúvidas e inseguranças normalmente acompanham as grávidas e as famílias, mesmo quando não havia pandemia. Agora, é natural que as preocupações com a gestação, o parto e o bebê aumentem muito

Por isso, reunimos aqui as principais informações sobre o que já se sabe sobre à Covid-19 em relação a gestação e os cuidados que as famílias devem tomar.

Este compilado de informações foi buscado junto à fontes confiáveis como o Ministério da Saúde, o UNA-SUS, a OMS, a Unimed do Brasil e a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

1 – Estou grávida, posso tomar a vacina contra a Covid-19?

A recomendação das sociedades médicas é de que esta decisão respeite a relação médico-gestante. Em cada caso, é necessário levar em conta o risco de cada mulher, com alguns fatores como o local onde a família mora, a profissão e a chance de contágio pelo vírus.

Por isso, se você é gestante, independente do trimestre da gestação, converse com o seu médico para tomar esta decisão. E fique atenta ao noticiário.

Por exemplo, nesta segunda-feira, 05/07, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) emitiu nota na qual recomenda o uso combinado de vacinas contra a covid-19 para as grávidas que receberam a primeira dose da Astrazeneca, suspensa no Brasil desde 11 de maio. Ou seja, a segunda dose para essas mulheres pode ser da Pfizer ou Coronavac, afirma a entidade. Outra possibilidade, no entanto, é aguardar o puerpério (45 dias após o parto) para receber a segunda dose da Astrazeneca.

Grávidas que tomaram outras marcas (Sinovac, Pfizer) como primeira dose deverão completar o esquema com a mesma vacina, nos intervalos habituais.

A justificativa da Febrasgo para esta recomendação se seu após a análise dos dados de morbidade, mortalidade e risco de óbito por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por covid-19 em gestantes e puérperas.

“Foi considerado que o risco de agravamento e óbitos em gestantes e puérperas após a infecção por SARS-CoV2  mostrou uma elevação significativa nas semanas 17 a 23 de 2021, sendo então recomendado a retomada da vacinação contra covid-19 em gestantes sem comorbidades e/ou fatores de risco com as vacinas inativadas (Coronavac) e de mRNA (Pfizer), sem a necessidade de indicação ou relatório médico”, afirma a nota, que pode ser lida na íntegra aqui.

Nesta quinta-feira, 08/07, o Ministério da Saúde se manifestou no mesmo sentido da nota da Febrasgo.

Resumindo:

🤰 Gestantes

❌ AstraZeneca
❌ Janssen
✅ Coronavac
✅ Butanvac
✅ Pfizer

2 – Se eu estiver grávida e pegar a doença, o meu bebê também pode pegar?

Este é um tema ainda cercado de muitas dúvidas. Isso acontece porque não existem evidências robustas de que a chamada “transmissão vertical” da doença, da mãe para o bebê, de fato aconteça.  Existem casos relatados de bebês que pegaram Covid-19, mas não há provas que essa transmissão aconteceu por meio da placenta.

O importante é reforçar os cuidados e não se colocar em risco em relação à doença.

3 – Estou grávida. Como posso me proteger contra a Covid-19?

As gestantes devem seguir as precauções gerais e algumas a mais para evitar a doença. Você pode se proteger:

  • Lavando suas mãos frequentemente com álcool em gel ou água e sabão.
  • Mantendo um espaço seguro entre você e as outras pessoas, com no mínimo 2 metros de distância.
  • Evitando tocar seus olhos, nariz e boca.
  • Usando a máscara sempre que precisar sair de casa.
  • Praticando a etiqueta respiratória. Isso significa cobrir sua boca e o nariz com seu cotovelo dobrado ou com lenço quando tossir ou espirrar. Então, descartar o lenço utilizado imediatamente.
  • Se tiver febre, tosse ou dificuldade para respirar, procurando logo assistência médica.
  • Seguindo com as rotinas de acompanhamento médicos, seja de forma presencial, seja à distância, por consultas em vídoe.

4 – As gestantes com suspeita ou confirmação de infecção pela  COVID-19 devem necessariamente serem submetidas ao parto cesariano?

Não. A OMS aconselha que o parto cesariano deve apenas ser utilizado quando clinicamente justificado.

O modo do parto deve ser individualizado e baseado nas preferências das mulheres juntamente com as indicações obstétricas.

5 – As mulheres infectadas pela COVID-19 podem amamentar?

Sim. As mulheres com COVID-19 podem amamentar se assim o desejem. Elas devem:

  • Praticar a etiqueta respiratória durante a amamentação, usando máscara quando disponível;
  • Lavar as mãos antes e após tocar o bebê;
  • Rotineiramente limpar e desinfetar superfícies que tenham tocado.

6 – Posso tocar e segurar meu bebê se tenho COVID-19?

Sim. O contato próximo e a amamentação precoce, exclusiva ajudam no crescimento do bebê.  Você deve ter apoio para:

  • Amamentar com segurança, com boa etiqueta respiratória;
  • Segurar seu bebê diretamente pele contra pele;
  • Compartilhar o quarto com o seu bebê;
  • Você deve lavar as mãos antes e após tocar seu bebê e manter as superfícies limpas.

7 – E sobre a rede de apoio? Como proceder?

Este grupo de pessoas, como familiares e amigos, é importante no momento do puerpério e mesmo depois, durante a infância. Neste momento, no entanto, é fundamental que haja uma avaliação muito profunda da situação.

O ideal é que a mãe e o companheiro, companheira, marido ou esposa possam dividir as tarefas entre si, sem a presença de pessoas externas em virtude do risco de contaminação.

As pessoas próximas, caso queiram ajudar, precisam seguir rigidamente os protocolos, como usar máscara, respeitar o isolamento, fazer a higiene frequente das mãos e não se colocar em situações de risco por pelo menos duas semanas antes do contato com a mãe e com o bebê.

Videochamadas para conversar com a puérpera e conhecer a criança, desde que combinadas com a família, podem ser uma opção.

É importante lembrar que o puerpério não é apenas um momento de cuidado do pequeno, mas também da mãe. Por isso, cabe ao companheiro ou companheira prestar todo o apoio, hidratar muito a mãe e tomar conta de todas as tarefas da casa neste período, pois a mulher não conseguirá dividi-los neste momento.

Para parentes e amigos, mesmo que à distância, é importante se colocar à disposição, respeitando sempre a privacidade e o desejo da família.

Fontes consultadas: UNA-SUS, Ministério da Saúde, Febrasgo, Anvisa, OMS, Unimed do Brasil


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Este conteúdo faz parte da série “Passei pelo Covid, e agora?”. Para conferir todos os vídeos, cartilhas e posts, visite a página especial da série ou siga a Unimed VTRP nas redes sociais, no InstagramFacebookYoutube e LinkedIn.

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