Ouvidoria   

Animais de estimação podem ajudar no tratamento de doenças

06 de abril de 2015

Abrir a casa para os animais de estimação pode não só deixar o ambiente mais alegre como também melhorar o relacionamento entre a família. Além dos benefícios para os adultos, ter um amigo de quatro patas pode auxiliar no desenvolvimento social e emocional das crianças, trazendo benefícios para a saúde.

Você sabia que os animais podem, inclusive, auxiliar na qualidade de vida de pacientes em tratamento oncológico? É isso mesmo. Diversos estudos científicos já trazem a presença de animais em hospitais de câncer como um fator que auxilia a cura e o bem-estar do paciente.

O tratamento do câncer, principalmente quando envolve radioterapia ou quimioterapia, resulta em muitos efeitos colaterais e desgastes para os pacientes. Nesses casos, há uma grande melhora terapêutica no convívio com animais, com uma série de benefícios.

Dentre eles se pode citar a maior interação com os profissionais envolvidos no tratamento, alívio da dor e desconforto, redução da ansiedade e de sintomas depressivos, diminuição da sensação de solidão ocasionada pelo tratamento, entre outros.   Blog Unimed VTRP Cachorros auxiliam pacientes

No Brasil, existem ONGs especializadas em levar animais até instituições de tratamento de câncer para passar o dia com as crianças e seus familiares. Um destes projetos é o Amicão, que disponibiliza seis cães em hospitais de São Paulo.

“O cão não cura, mas faz com que o pacientes libere o hormônio da alegria, que é a endorfina“, explicou Luci Lafusa, uma das criadoras do projeto durante uma entrevista ao site O Globo.

Além da Amicão, a ONG Patas Therapeutas também se dedica a unir animais e pacientes em tratamento contra o câncer. Ao todo, são 50 cães de diferentes raças, quatro gatos, um coelho e até mesmo uma ave que frequentam oito centros de tratamento para tornar o dia dos pacientes agradável e feliz. T

odos os animais são de pessoas voluntárias e passam por exames de saúde e comportamento, além de serem higienizados antes de entrarem nos hospitais.  

“Pet terapia” ajuda no tratamento de doenças

Você já ouviu falar na Terapia Assistida por Animais (TAA)? Ela consiste em tratamentos na área da saúde, onde um animal é co-terapeuta e auxilia o paciente a atingir os objetivos propostos para o tratamento. Segundo o adestrador José Luis Doroci, fundador do Projeto Novo Guia, nem todo animal nasceu para ser um terapeuta.

“Ele precisa ser tranquilo, ter uma personalidade que as pessoas possam abraçar, beijar e apertar, sem que ele reaja”, explica. Os animais mais comuns são os cães e os cavalos, que no geral tem um temperamento mais dócil.

Mas gatos, jabutis, peixes, coelhos, aves, botos, cobras e aranhas também podem e são usados nesse tipo de projeto.” Quando o pet pertence ao dono, um profissional especializado neste tratamento pode ajudá-lo a fazer a terapia em casa com o bicho de estimação.   

Blog Unimed VTRP Cães auxiliam nos tratamentos

Descubras algumas razões para ter um animal de estimação em casa:

Estimula crianças

Diversos problemas infantis podem ser melhorados com o convívio com animais. Um exemplo é a melhora do quadro de portadores de autismo. Elas têm muita dificuldade no contato social e a simples presença de um animal treinado associada a atividades adequadas para eles auxiliam nesse desenvolvimento.

Estudos mostram que as crianças autistas apresentam diminuição nos comportamentos negativos, como agressividade, alienação, isolamento, entre outros com a presença de cães nas seções. Hiperativos também encontram benefícios com essa terapia. O bichinho pode deixar a criança mais calma.

Benefícios para os idosos

O contato é muito benéfico para pessoas com mais idade. À longo prazo, atividades e terapias com animais podem ajudar a amenizar sintomas depressivos, aumentar a socialização de alguns idosos e até mesmo incentivar a adesão a outras terapias.

Tratamento de doenças cardíacas

Uma pesquisa realizada pela Baker Medical Research Institute comprovou que proprietários de cães e gatos apresentam taxas menores de colesterol e triglicérides que aqueles que não tinham animais. Ambas as taxas favorecem a aterosclerose, formação de placas que entopem as artérias, possibilitando infartos e outros problemas no coração.

Além disso, ter um animal de estimação faz com que pacientes com maiores riscos de problemas cardiovasculares, por apresentarem fatores como o excesso de peso, melhoram seus hábitos ao possuírem um animal de estimação.   Blog Unimed VTRP Auxilio de animais nos tratamentos

Reduz o estresse

É comprovado que o contato com os animais ajuda a liberar diversos hormônios do bem: endorfina, prolactina e oxitocina. Eles atuam regulando as taxas de cortisol, hormônio relacionado ao estado de alerta, o que reduz o estresse. Estudos indicam ainda que a interação homem-animal traz uma sensação de bem-estar e conforto, resultando na diminuição dos níveis de adrenalina, relacionado ao aumento da pressão arterial.

Melhora o quadro de depressão

É um consenso entre os especialistas que estar com um animal de estimação aumenta a autoestima, senso de valor próprio, o estabelecimento de hábitos positivos e o interesse pelo outro. Tudo isso pode beneficiar pacientes depressivos, que apresentam problemas nessas áreas. Estudos verificaram um aumento da produção e liberação da serotonina e dopamina, hormônios responsáveis pela sensação de prazer e alegria, após 15 a 20 minutos de interação com o cão.

Ajuda no tratamento de paralisias

A “pet terapia” pode ajudar na reabilitação de pacientes de um derrame cerebral, vítimas de acidentes ou portadores de paralisia cerebral. São casos que envolvem muita fisioterapia e também uma queda de autoestima dos pacientes, portanto, a interação com os bichos pode ser fundamental para evoluir a parte motora e também atuar no aspecto emocional do paciente. As crianças com paralisia cerebral se beneficiam demais, principalmente nos aspectos cognitivos, motores e emocionais. Os cães, por exemplo, podem ser usados durante os exercícios inclusive, o que tira o foco do tratamento para a doença, e o torna uma brincadeira, mesmo para o adulto.