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A escolha por ter ou não ter filhos

30 de junho de 2019

Constituir (ou não) uma família é uma decisão muito importante na vida de qualquer indivíduo. Não há regras quanto ao número, espaçamento e momento oportuno para ter filhos. A escolha deve ser consciente e responsável, a partir da realidade de cada pessoa. Ginecologistas e obstetras observam que, em se

tratando de planejamento familiar, duas situações chamam atenção na atualidade. Por um lado, adolescentes grávidas e expostas às DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) – devido a um comportamento sexual precoce, mal orientado e sem o uso de métodos contraceptivos. Por outro, mulheres na busca de crescimento profissional e social, que adiam a gestação.

Blog Unimed_Familia

No primeiro caso, há um problema de saúde pública com consequências sociais cada vez maiores, com gestações indesejadas, altos índices de mortalidade materna e neonatal e evasão escolar. No segundo, casais que acabam protelando o sonho e muitas vezes tendo dificuldades ou incapacidade para gerar filhos.

Segundo os ginecologistas, considerando a fertilidade, o ideal é que a mulher tenha filhos até os 35 anos. Quanto aos homens, há estudos que estão avaliando o fator idade masculina para o sucesso de gestação, mas nada bem definido.

Blog Unimed_Casal

Nos casais com dificuldades para gestar, em cerca de 40% a causa é um fator feminino, em 40% masculino, em 10% problemas com ambos e em 10 % as causas são desconhecidas.

Dos fatores femininos, os mais comuns são anovulação (principal causa síndrome dos ovários policísticos), obstrução tubária (fechamento das trompas) por sequela de infecções nesse órgão – causadas por uma bactéria chamada Chlamydia, que é uma doença sexualmente transmissível – e endometriose. Nos fatores masculinos, as alterações no espermograma podem ocorrer por várias causas que devem ser investigadas.

Blog Unimed_Mae e filha

Mas se a opção é por não ter filhos, a pessoa deve buscar informações sobre o melhor método contraceptivo a ser adotado. Conforme ginecologistas, a decisão precisa ser voluntária e esclarecida.

Devem ser consideradas a eficácia do método, seu uso correto, funcionamento, efeitos colaterais comuns, riscos e benefícios para a saúde, informações quanto ao retorno da fertilidade após interrupção do método e prevenção de DSTs. As esterilizações masculina e feminina são métodos contraceptivos permanentes, por isso devem ser muito bem discutidas, respeitando os critérios existentes.

A esterilização nem sempre é o recurso mais adequado, já que temos inúmeros outros métodos não definitivos que podem ser aplicados, sem riscos de arrependimentos no futuro, orientam os médicos.

Filho tem que ser algo muito bem pensado

Blog Unimed_Mãe e criança   Muitas mulheres aguardam a chegada dos 30 anos para se dedicar à maternidade. Antes muitas desejavam crescimento profissional e estabilidade financeira. E também um amadurecimento emocional e da relação com o parceiro. Quando vier a vontade de aumentar a família, é preciso consultar um ginecologistas e seguir recomendações básicas.