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Prevenção de acidentes com perfurocortantes: um desafio a ser vencido multiprofissionalmente

14 de outubro de 2019

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2015), a área de saúde compõe-se de um contingente de 3,5 milhões de trabalhadores. Deste montante, cerca de 50% atua na enfermagem. Conforme o último Perfil da Enfermagem – estudo realizado pela Fiocruz, por iniciativa do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) – aproximadamente 50% dos municípios brasileiros e todos os 27 estados da Federação, contam com profissionais da equipe de enfermagem, sejam auxiliares, atendentes, técnicos ou enfermeiros. Como em toda atividade, há riscos inerentes à função.

No caso das equipes de enfermagem, os acidentes com perfurocortantes são um grande desafio ainda a ser vencido.

Conforme a mestre em Ciências da Saúde e Enfermeira do Trabalho Rosane de Figueiredo Neves, atualmente, se fala muito no trabalho em contexto multidisciplinar. E se o trabalho é assim, ela sugere que a prevenção também deva seguir o mesmo caminho.

Em artigo na Revista Proteção de junho/2017, ela reforça a importância dos profissionais das equipes de enfermagem compreenderam que “a normalização de condutas visa à segurança e proteção da saúde de todos aqueles que trabalham na área da saúde e não são apenas um conjunto de regras criadas com o simples objetivo de atrapalhar ou dificultar nossa rotina de atendimento”.

Ela afirma que “devemos nos basear principalmente no conhecimento científico disponível, para que não apenas tenhamos uma atitude de obediência diante destas normas, mas que possamos fazer, com satisfação, aquilo que sabemos ser o ‘certo’”.

O artigo afirma que as condições de segurança dos trabalhadores da área da saúde dependem de vários fatores:

  • Características do local
  • Material utilizado
  • Cliente a ser assistido
  • Informação
  • Rormação da equipe

Rosane de Figueiredo Neves alerta ainda que os profissionais de enfermagem estão expostos ao risco de contrair doenças infecciosas cotidianamente ao realizarem suas atividades.

“As doenças infecciosas, embora tenham agentes etiológicos, modo de transmissão, período de incubação e de transmissibilidade e métodos de controle conhecidos, permitindo tanto a prevenção como a cura, não vêm tendo a atenção devida por parte dos profissionais da área de saúde”.

Por fim, ela chama atenção para a a importância da Norma Regulamentadora 32 (NR 32), que busca proteger a saúde dos trabalhadores como um todo, sobretudo do ponto de vista ocupacional. “Um profissional de saúde que, por exemplo, não lava suas mãos com frequência ou não faz o descarte do lixo hospitalar de maneira adequada, práticas simples do dia a dia da profissão, pode se colocar em risco”, garante.

DICAS

Algumas atitudes simples podem evitar acidentes graves com perfurocortantes:

1. Nunca reencapar agulhas após o uso
2. Nunca desconectar agulhas após o uso
3. Usar seringas e lancetas com dispositivos de segurança
4. Atentar para a movimentação de pessoas próximas
5. Manusear com cuidado os materiais trazidos de casa pelo cliente
6. Usar técnica correta ao quebrar ampolas
7. Descartar os resíduos de forma segura

Para garantir a saúde dos seus colaboradores no ambiente de trabalho, conte com a Unimed VTRP. Caso a prevenção de acidentes com perfurocortantes também seja um desafio a ser vencido na sua empresa, procure nosso Núcleo de Saúde Ocupacional, e saiba como aliar qualidade de vida e eficiência no trabalho.