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Radiação: benefícios x riscos

22 de agosto de 2013

Radiação Blog Unimed VTRP

A radiação é constantemente motivo de debates internos na classe médica. Afinal, ela suscita argumentos favoráveis e contrários, sustentados por boas e aceitáveis razões. Por um lado: traz inegáveis benefícios médicos, pois possibilita identificar problemas de saúde. Inclusive pode ser utilizada para tratar o câncer.

No entanto, a radiação tem uma desvantagem: sua capacidade de corromper o DNA. Ou seja, mais tarde, pode causar um câncer.

“Este tipo de exame é muito solicitado. A indicação médica deve balancear os riscos e os benefícios conhecidos”, indica o oncologista Hugo Schunemann, médico cooperado da Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo, que atua em Estrela e em Lajeado.

As consequências da falta de consideração desses fatores abrangem desde custos até mesmo riscos para a saúde. “Tanto os médicos quanto os pacientes devem analisar mais a fundo a questão de benefícios e de riscos antes de um procedimento radioativo”, conclui.

Raio X Blog Unimed VTRP

Fique atento

Por isso, os cálculos não param por aí: a cada mil pessoas que realizam uma tomografia, a radiação acrescenta um novo caso de câncer aos 420 que normalmente ocorreriam.

É nesse ponto dos debates que a matemática parece perder importância.

Afinal, o risco pode aparentar ser pequeno em termos matemáticos.

Mas para aquela pessoa afetada por um câncer que poderia ter sido evitado, esse número interfere drasticamente na sua vida.

Então, quanto maior a exposição à radiação, maior a chance de uma pessoa desenvolver câncer e outras doenças como anemia, pneumonia e até a falência do sistema imunológico.

Aliás, a radiação pode alterar o material genético das células, provocando seu crescimento desordenado.

Por isso uma situação que motiva as discussões médicas a respeito do tema é a ausência de respaldo científico para justificar a utilização de algum tipo de exame.

Ou seja: ainda não foram testados cientificamente em ensaios clínicos apropriados.

“Não existe um cálculo sobre o volume de radiação ao qual os pacientes são expostos antes que o médico peça um novo exame.

Um câncer causado pela exposição à radiação só iria se manifestar claramente depois de anos.

Além disso, poderia ser difícil relacionar a procedimentos feitos no passado”, esclarece o oncologista.

Comparativos relevantes

Para se ter uma ideia, uma radiografia frontal simples corresponde a um dia inteiro de radiação natural (que pode ser de origem solar – isto é, infravermelha e ultravioleta – ou cósmica); uma tomografia no crânio, a oito meses; e uma tomografia de abdome, a 20 meses.

Além disso, a dose de radiação se multiplica de acordo com o número de execuções desses procedimentos.

Engajamento contra o uso indiscriminado de exames radiológicos

A luta para mobilizar os pacientes e as equipes médicas nesse sentido não é recente.

Assim em 2008 o Colégio Americano de Radiologia e a Sociedade Americana de Pediatria lançaram uma Campanha Mundial intitulada Image Gently, visando, justamente, conscientizar a população sobre os potenciais efeitos causados pelos exames radiológicos.

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