Tire suas dúvidas sobre a doação de órgãos
24 de setembro de 2014
Como em muitas outras áreas, o Brasil apresenta grandes diferenças nas estatísticas de doações e transplantes de órgãos. Enquanto alguns estados há anos alcançam números comparáveis aos melhores no mundo, outros chegam ao final do ano sem realizar um transplante sequer.
Quem espera por órgãos para se curar de uma doença ou melhorar sua qualidade de vida aguarda pela sua decisão: “ser ou não” um doador. Em caso de morte encefálica conforme legislação vigente no país, é a decisão da família que prevalece. Por isso, é tão importante informar em casa se a sua intenção é ser doador.
A doação de órgãos no Brasil é regulamentada pela lei 9.434, de 04 de fevereiro de 1997, e pela lei 10.211, de 23 de março de 2001, que reconhecem duas situações:
- Doação de órgãos de doador vivo, familiar até 4º grau de parentesco, mais freqüentemente de rim, pois é um órgão duplo e não traz prejuízo para o doador.
- Doação de órgãos ou tecidos de doador falecido, que é determinada pela vontade dos familiares até 2º grau de parentesco, mediante um termo de autorização da doação.
Hoje o Brasil está na lista dos países com maior número de transplantados. É o segundo lugar em número com cerca de 11 mil transplantes ao ano, perdendo apenas para os Estados Unidos. Atualmente cerca de 30 mil pessoas aguardam na fila de espera.
Quem pode doar? Com exceção de quem tem doença infecciosa ativa ou câncer, qualquer pessoa pode ser doadora. Fumantes não são doadores de pulmões. Que órgãos podem ser doados? Em vida podemos doar um rim, parte do fígado, do pulmão, do pâncreas, medula óssea e sangue. No caso de doador falecido, com a permissão da família, pode, ser transplantados coração, pulmões, rins, fígado pâncreas, córneas, pele, ossos e válvulas cardíacas. A morte cerebral permite a doação de órgãos e tecidos. A morte cardíaca, apenas de tecidos. O que é morte cerebral? É quando o cérebro para de funcionar. O órgão deixa de receber sangue e não executa mais suas funções vitais. Qual o procedimento quando há constatação de morte cerebral? Pelo menos dois médicos, sendo um deles neurologista, precisam comprovar a morte encefálica. São realizadas duas sessões de exames clínicos no intervalo de seis horas. Além disso, é preciso a comprovação por um exame de imagem.
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