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Crianças x internet: o que eles fazem?

28 de abril de 2015

Quando brinca, na maioria das vezes a criança imita o comportamento dos adultos à sua volta. É como se ela estivesse ensaiando para a vida que terá quando de fato for gente grande. Isso faz parte do seu processo de desenvolvimento. E com as novas tecnologias cada vez mais presentes dentro de casa, nada mais natural do que os pequenos terem vontade de manusear todo tipo de aparelho eletrônico. De acordo com uma pesquisa divulgada no final de 2013 pela organização Common Sense Media, 38% das crianças americanas de dois anos já usam algum dispositivo móvel para jogar ou acessar vídeos. Entre os maiores, na faixa dos oito anos, 72% usam smartphones ou tablets. Diante dessa nova realidade, muitos pais podem ficar com aquela pulguinha atrás da orelha: “até que ponto isso é bom ou saudável?”.   Blog Unimed Internet segurança   Na opinião da psicóloga Elizabeth Wessel, do Espaço Vida Unimed, antes de defender ou criticar qualquer ponto de vista, precisamos entender que a sociedade está em constante transformação. “Nada é imutável. O jeito de brincar também mudou. No entanto, muitas atividades consideradas boas para um desenvolvimento adequado se perderam ao longo dos anos. É o caso das brincadeiras na rua, que hoje são perigosas em função do aumento no número de veículos em circulação e da violência urbana”, analisa a profissional. Com esse cerceamento à liberdade das crianças, as novas tecnologias estão ganhando um espaço maior na rotina infantil. Segundo Elizabeth, os pais não devem proibir o uso de eletrônicos, mas precisam monitorá-lo e orientar os filhos para que se divirtam com aplicativos mais educativos. Devem optar por aqueles que estimulem a criatividade e a imaginação e que possam ser utilizados em família ou com amigos, pois nenhuma tecnologia substitui o contato pessoal para criar e recriar situações. O importante é que a criança não perca a essência do brincar.   Blog Unimed Crianças Internet Segurança   Pais devem ficar conectados aos brinquedos tecnológicos Como tudo na vida, no uso de eletrônicos também deve haver moderação, para que não seja prejudicado o potencial criativo e o desenvolvimento da imaginação infantil. “Assim como tínhamos hora para voltar para casa quando estávamos na rua, as crianças também precisam ter um horário limite para utilização de seus novos brinquedos”, compara Elizabeth. Uma publicação da Academia Americana de Pediatria, de 2011, recomenda que crianças menores de dois anos não façam uso das novas tecnologias. Já as maiores, deveriam ficar no máximo duas horas por dia em contato com as “telas”, como televisão, computador, celular, entre outros. A terapeuta ocupacional Paula Marin, que atua no Espaço Vida Unimed em Lajeado, aconselha os pais a descobrirem de que forma e por quanto tempo seus filhos ficam em contato com eletrônicos nas tarefas realizadas no ambiente escolar. A partir disso, conforme a faixa etária, devem estabelecer regras e uma rotina de horários para o uso em casa, restringindo a atividades que sejam benéficas aos pequenos, contribuindo para o seu desenvolvimento. No caso das redes sociais, é imprescindível que sejam supervisionados e orientados, sem perder a privacidade. Uma infância saudável deve ser equilibrada, constituída tanto de vivências pessoais quanto virtuais, dentro de casa mas também em praças e parques. O importante é que os pais tenham bom senso e sejam presentes, participando e incentivando diferentes tipos de brincadeiras que promovam o desenvolvimento motor, cognitivo, psíquico, emocional e social dos seus filhos.   Blog Unimed Adolescentes Internet Segurança   Cuidados com as informações Para os pais, vale iniciar os cuidados seguindo estas recomendações: 1 – Colocar o computador da criança em uma área comum da casa e não no quarto; 2 – Estabelecer regras razoáveis para a criança navegar nas redes sociais (tempo de uso, por exemplo) e conversar abertamente com a criança sobre as razões dessas regras; 3 – Monitorar diariamente e participar da rede social; 4 – Deixar as informações do perfil da criança disponíveis apenas para amigos e orientá-la a não fornecer informações pessoais para estranhos; 5 – Navegar junto com a criança durante um tempo para ensiná-la a lidar com as redes sociais, da mesma forma que se orienta sobre o mundo real.   Blog Unimed Crianças Internet Cuidado   Mais informações sobre a presença de crianças na rede social no site da ONG Criança Mais Segura na Internet no site Internet Responsável, que oferece cartilha sobre o assunto.