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Coração saudável: fique do olho no colesterol

28 de setembro de 2016

Apesar de ser visto como vilão, o colesterol é um tipo de gordura que auxilia no bom funcionamento do organismo, desempenhando funções essenciais como a produção de hormônios, ácidos biliares (produzidos pelo fígado) e vitamina D. No entanto, em excesso, torna-se perigoso e pode causar doenças cardiovasculares como angina, infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Você já deve ter ouvido falar que existem dois tipos de colesterol, o HDL, chamado de “bom”, e o LDL, considerado “ruim” (veja as diferenças no quadro ao lado). A grande preocupação, conforme explica o médico cardiologista e cooperado da Unimed VTRP em Santa Cruz do Sul, Derly Carlos Becker Filho, é que, na maioria das vezes, o indivíduo não percebe a doença, o que facilita a sua progressão. “A única maneira de descobrir é através de um exame de sangue, capaz de verificar os níveis totais, suas frações e triglicerídeos”, ressalta o médico.   Blog Unimed VTRP Controle do colesterol   Além de não apresentar sinais, a alteração nos níveis de colesterol está diretamente ligada ao estilo de vida que se leva. “Pessoas obesas, com histórico de infarto na família, sedentárias ou com uma alimentação rica em gorduras saturadas e gorduras trans, possuem mais chances de ter colesterol alto”, explica. O cardiologista ainda afirma que pessoas com níveis elevados são mais suscetíveis a determinadas doenças. “Quando o colesterol passa de uma concentração ideal, ele se deposita nas artérias. Inicia-se, então, a formação de estrias gordurosas e, depois, de placas de gordura. Esse acúmulo, dependendo da área do corpo, coração ou cérebro, pode desencadear problemas como infarto agudo do miocárdio, AVC e angina (dor no peito)”, alerta. Dentre todos os fatores que podem contribuir para o aumento do colesterol, um dos mais determinantes é a alimentação. “Quando ingerida, a gordura saturada, presente principalmente em alimentos de origem animal, aumenta a quantidade de colesterol no organismo. A carne vermelha, por exemplo, mesmo que aparentemente magra, possui moléculas de colesterol entre suas fibras, por isso, seu consumo deve ser controlado. Neste caso, a substituição de gorduras trans e saturadas por insaturadas (presentes, principalmente, em alimentos de origem vegetal) pode ajudar a reduzir o colesterol no sangue”, destaca o especialista. Em torno de 70% da dosagem do colesterol total é proveniente da alimentação. Os outros 30% restantes são produzidos pelo fígado, causando a chamada hipercolesterolemia familiar (HF). Essa doença é genética e aumenta os riscos de problemas cardíacos e arteriais. Ela deve ser tratada precocemente com medicação, indicada por um médico.   Blog Unimed VTRP Alimentação Saudável controle colesterol   Entenda a diferença entre LDL e HDL Existem dois tipos principais de colesterol: o “bom” (HDL) e o “ruim” (LDL). HDL é a sigla de “High Density Lipoproteins”, que significa lipoproteínas de alta densidade. Ele é capaz de absorver os cristais de colesterol que são depositados nas artérias, removendo-os e transportando-os de volta ao fígado para ser eliminado. Por isso, o HDL é chamado de “bom colesterol”. O indivíduo que possui níveis elevados deste indicador tem menores chances de apresentar doenças do coração. LDL é a sigla de “Low Density Lipoproteins”, que significa lipoproteínas de baixa densidade. Ele transporta o colesterol do fígado até as células dos tecidos e favorece o seu acúmulo nas paredes internas das artérias, diminuindo o fluxo do sangue. O LDL é considerado o “colesterol ruim”, estando diretamente relacionado a doenças cardiovasculares.   Blog Unimed VTRP Redução Colesterol   Como prevenir Além de uma alimentação equilibrada, o cardiologista Derly Carlos Becker Filho ressalta que há outras maneiras de evitar o aumento do colesterol e, até mesmo, diminuí-lo. Confira: 1 – Faça exercícios físicos com orientação profissional por, pelo menos, 30 minutos, de três a cinco vezes por semana. A atividade física pode ajudar a emagrecer, diminuindo o risco de infarto e os níveis de colesterol no sangue; 2 – Evite o estresse: uma vida mais tranquila também diminui as chances de infarto e auxilia na redução do colesterol. Procure transformar suas atividades diárias em algo que lhe dê satisfação; 3 – Mantenha uma dieta com baixos níveis de gordura. Seja rigoroso no controle da alimentação. O médico lembra ainda que todos os alimentos de origem animal têm colesterol. Portanto, o ideal é dar preferência a alimentos de origem vegetal: frutas, verduras, legumes e grãos. “Os cuidados com a alimentação devem ser redobrados por pessoas com diabetes, pois estas apresentam três a quatro vezes mais risco de sofrer doenças cardiovasculares quando comparadas a pessoas não diabéticas”, esclarece. Se com todos estes cuidados a dosagem do colesterol estiver elevada, há ainda o recurso de medicamentos para controle da doença. Consulte um médico para o tratamento adequado.  

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