Ouvidoria   

Aprenda a negociar suas dívidas e liquide seus débitos

09 de fevereiro de 2013

Atualizado às 11h16 de 13/11/2019

Negociar uma dívida, seja no cartão de crédito, comércio ou outro tipo de instituição financeira, é sempre um bom negócio para ambos. Pois esta negociação permite que o devedor pague menos juros e aumenta as chances da empresa receber o valor devido.

Para evitar o endividamento, o primeiro passo é ter consciência financeira e saber que a partir do momento que se negocia uma dívida, será preciso arcar com o valor mensalmente, para que a negociação não seja em vão.

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Liste todas as dívidas que possui, priorize sempre as com a maior taxa de juros para evitar o efeito bola de neve, que começa a crescer de forma descontrolada e torna-se impagável. Dependendo do tamanho da sua dívida, venda algum bem material, assim, será possível pagar ou amortizar parte da dívida, sem se enforcar cada vez mais.

No caso de cartões de crédito existem formas que auxiliam na hora de quitar os débitos, muitas instituições aceitam a portabilidade da dívida oferecendo melhores condições do que o credor original, outra solução, é ao entrar em contato com a central de atendimento do cartão, peça para falar diretamente com o setor de cobranças.

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As credoras oferecem muitas formas de negociação, muitas dívidas podem ser reduzidas em até 50%, além de ser refinanciadas com juros mais baixos e com uma boa condição de pagamento para cada devedor.

E não esqueça de solicitar o CET (Custo Efetivo Total) da dívida, que mostrar os juros, as taxas e impostos que serão cobrados. O fornecimento desta informação é obrigatório por lei!

 

MÉTODO PRÁTICO

1) Como fazer a minha lista e começar a organizar minha vida financeira?

– Liste tudo o que você deve em cartões de crédito, cheque especial, carnês, boletos, empréstimos e financiamentos.

– Faça uma tabela com o seu orçamento mensal, ou seja, tudo o que entra e sai da sua conta bancária todo mês. Aqui a gente ensina como fazer um orçamento familiar simples.

– Elabore uma lista de cortes que podem ser feitos no seu orçamento com a ajuda da família toda.

– Liste ideias para gerar renda extra. O que pode ser feito para complementar o seu orçamento? Vale tudo: fazer doces e comidas para vender, dar aulas particulares, revender um produto, etc.

– Liste tudo o que pode ser vendido: itens que não são tão utilizados como aquela bicicleta encostada no quintal ou o violão que não é tocado há um bom tempo.

Aqui você pode baixar gratuitamente um modelo de planilha para organizar seu orçamento doméstico.

 

2) Estabeleça um limite de quanto você pode pagar

– O objetivo é sair das dívidas, certo? Então, já sabendo o quanto poderá pagar, defina um valor limite para negociar e não assuma um compromisso com o qual não possa arcar.

– No caso acima, se a família fosse pagar o valor de R$ 5.000,00 em parcelas de R$ 110,00 levaria 4 anos para quitar a dívida. Com essa informação em mãos, negocie um desconto no valor total para quitar a dívida mais rapidamente.

– Todos nós costumamos acreditar no melhor cenário e, por isso, raramente prevemos um “plano B” para cobrir os eventuais imprevistos. Gastos com reforma, perda do emprego, consertos no carro e doenças na família são causas comuns do atraso no pagamento das contas.

– Marivaldo gastou todas as suas economias para construir uma casa para alugar, mas quando a situação não saiu como planejado, perdeu o controle de suas contas e entrou no cheque especial. O resultado? Três anos depois, suas dívidas passam de 5 vezes a sua renda.

– Importante: Quando planejar o pagamento de dívidas, reserve um valor mensal para cobrir novos imprevistos que poderão surgir. Seja cauteloso e previna-se de novas dívidas desnecessárias.

 

3) Com tudo isso no papel, prepare-se para negociar!

– Defina sua estratégia de negociação da dívida. Antes de fazer a negociação com o credor, pense nos argumentos que irá apresentar e leve todos os documentos comprobatórios. Faça uma lista de perguntas que você poderá fazer antes de assinar a negociação. Por exemplo:

  • Qual será o desconto, em percentual, sobre a dívida total?
  • Se pagar a vista, posso ter um desconto maior?
  • Se parcelar, quais serão os juros?
  • Depois de pagar, em quanto tempo terei minha situação regularizada no Serasa?
  • Quando pagar, vou receber uma carta de quitação?

Se restar alguma dúvida, não decida por impulso. Peça para que a proposta de negociação seja feita por escrito, leve para casa, discuta com a família e volte depois com uma contraproposta ou, se houver concordância, para assinar o contrato de negociação.

E, aí? Pronto para limpar seu nome?

 

BÔNUS:  Como evitar novas dívidas?

– Não aceite o crédito fácil que algumas instituições ofertam com taxas maiores.
– Mantenha a sua planilha financeira sempre atualizada.
– Busque equilibrar as despesas e receitas, cortando os excessos.
– Reserve pelo menos 5% da sua renda mensal para imprevistos, mesmo enquanto paga dívidas.
– Evite fazer novas dívidas quando entrar dinheiro extra como 13º ou rescisão.
– Use esse dinheiro para quitar dívidas atuais, poupe para imprevistos ou junte para comprar à vista.

* Com informações do Serasa Consumidor