Afinal, por que temos alergias?
Elas trazem sintomas incômodos, mas são um alerta importante do nosso corpo!
06 de julho de 2020
O período mais frio do ano está aí, com ele, muitas pessoas sofrem com espirros, coriza, tosse… São as alergias que se manifestam com grande força nesta época do ano.
A umidade, muito comum no Sul do Brasil, também é uma situação climática que pode agravar algumas situações. Mas, afinal, o que são alergias?
As alergias são reações do sistema imunológico a algum tipo de substância, como pólen, ácaros ou pelos de animais. Elas podem ser ativadas também por algum alimento, que não causa reação na maioria das pessoas. Medicamentos, fatores ambientais como o calor e picadas de insetos são outros fatores que podem desencadear o problema.
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) estima que cerca de 30% da população tem algum tipo de alergia, sendo a maioria dos diagnósticos das versões respiratórias ou alimentares.
E por que ela se manifesta em nosso corpo?
É fácil de entender. A alergia se manifesta quando o sistema imunológico confunde uma substância inofensiva com um invasor e, diante da exposição ao alérgeno, o organismo libera uma reação química que causa os sintomas. É uma defesa do corpo a uma ameaça.
Quando isso acontece, são produzidos anticorpos que identificam um alérgeno como prejudicial e a reação pode se manifestar na pele, nos seios da face, nas vias aéreas ou até no sistema digestivo.
Tipos de reações
A gravidade das reações varia de pessoa para pessoa, podendo causar desde irritações leves na pele à anafilaxia, uma reação aguda que começa subitamente e pode ser fatal. Enquanto uma alergia por ácaros leva a espirros, coriza e olhos lacrimejando, por exemplo, a alergia alimentar ou por picada de insetos pode desencadear coceira, inchaço, formigamento, urticária e até falta de ar.
Já em casos de anafilaxia, os sintomas podem ser perda de consciência, queda na pressão arterial, náusea e vômito, tontura e falta de ar severa. Um serviço de atendimento médico de emergência deve ser procurado com agilidade.
O peso da genética
O fator hereditário não pode ser desprezado. Pesquisas indicam que, quando um progenitor tem alergia, a chance de os filhos terem também pode chegar a 40%, mas, se pai e mãe forem alérgicos, a possibilidade aumenta para 80%. Porém, vale ressaltar que se trata de probabilidade. Não significa que pais alérgicos terão, necessariamente, filhos na mesma condição.
Outra questão que merece reforço é que, para o problema aparecer, a genética precisa interagir com o ambiente. De acordo com a Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia, 70% das alergias se manifestam antes dos 20 anos de idade. Mas também é possível que o problema apareça apenas na fase adulta.
Prevenção!
Embora não haja nada que se possa fazer para evitar a herança genética, alguns cuidados são importantes.
Na prática, significa que evitar os gatilhos já conhecidos é a melhor forma de prevenir as reações alérgicas. Veja algumas dicas:
- As pessoas que têm alergia aos ácaros, por exemplo, devem evitar locais fechados e empoeirados e trocar as roupas de cama com maior frequência.
- Quem tem rinite alérgica não deve permanecer no mesmo ambiente quando há pessoas fumando.
- No caso de pessoas com reação alérgica grave já conhecida, vale colocar a informação no documento de identidade, caso tenha uma reação grave e não consiga se comunicar.
- Também vale ressaltar a necessidade de se procurar um médico alergista para identificar corretamente a causa da alergia e prescrever o tratamento adequado.
- Por último, não ignore os sinais do seu corpo! Em caso de algum sintoma suspeito, procure ajuda e controle suas alergias.
Sinais: atenção aos sintomas!
As manifestações das alergias são diversas. No caso das rinites alérgicas ou da asma brônquica, o afetado é o sistema respiratório, enquanto nos casos mais graves, como na anafilaxia, afeta todo o organismo.
Separamos mais algumas dicas para você ficar atento aos sinais do seu corpo, e procurar logo um médico caso tenha estes sintomas:
- Se aparecerem lesões na pele, como placas vermelhas, inchaços que provoquem comichão ou ardor
- Vermelhões ou lesões que provocam comichão ou ardor
- Inchaço ou tumefacção da pele, especialmente se afetar lábios ou pálpebras
- Rinites, conjuntivites ou irritação na boca ou na garganta
- Tosse contínua ou persistente, respiração sibilante, sensação de sufoco ou insuficiência respiratória
- Queda abrupta da pressão arterial.
Nestes casos, procure o seu médico de referência! É fundamental controlar as alergias para uma vida com mais qualidade 😉
Categoria: Alimentos do Bem, Coronavírus