A importância do café da manhã
02 de maio de 2019
Se você é do tipo que pula o café da manhã, seja por falta de apetite, pressa ou preguiça, ou que prefere dormir um pouco mais a ter de fazer essa refeição, precisa mudar esse hábito. Isso porque o café da manhã é considerado a primeira e a principal refeição do dia. Mas, afinal, o que justifica que o café da manhã tenha tanta importância?
Segundo os especialistas em nutrição, um dos motivos é que os alimentos dessa refeição são os primeiros combustíveis do dia. Depois de várias horas em jejum, o corpo – especialmente o cérebro – precisa de alimentos. Outra boa razão: se você não se alimenta corretamente no início do dia, pode apresentar hipoglicemia devido à baixa presença de glicose no sangue. E o resultado dessa falta de nutrientes no organismo vem por meio de tontura, náusea e até desmaios. Além disso, a falta de um café da manhã pode contribuir para a alteração no humor, dificuldade de se concentrar e, a longo prazo, levar ao sobrepeso e à obesidade. Isso porque, ao pular o café da manhã, a pessoa tende a comer muito mais na refeição seguinte.
Mudança de hábitos
Mas não basta acordar, tomar uma xícara de café e sair. É preciso se atentar ao que é consumido, incluindo alimentos saudáveis nessa primeira refeição. E há uma forma muito prática de ser seguida para dar um pontapé inicial nessa mudança de hábitos.
O Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, sugere que as três principais refeições diárias – café da manhã, almoço e jantar – devam se aproximar do atendimento das porções diárias recomendadas. Dessa forma, considerando a importância e as vantagens do seu consumo adequado, o café da manhã pode ser responsável pelo consumo de algumas ou de todas as porções diárias de alguns grupos alimentares, como o dos cereais, das frutas e sucos naturais, além do leite e seus derivados. Essas mudanças podem contribuir para uma adequação nutricional ao longo do dia, e com isso auxiliar na diminuição de sobrepeso e de obesidade e, ainda, melhorar o rendimento no trabalho e até o escolar, em crianças e adolescentes.
Como tornar o seu café da manhã saboroso, nutritivo e saudável
De acordo com o Guia, você pode se alimentar de maneira saudável, respeitando a cultura local e alguma eventual restrição alimentar, porém, mantendo algumas recomendações, como preferir alimentos in natura ou minimamente processados, utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades, limitar o uso de alimentos processados e evitar aqueles ultraprocessados, como frituras e embutidos.
Veja alguns exemplos de grupos de alimentos que podem compor o seu desjejum:
Frutas
Vão proporcionar vitaminas e minerais importantes para o organismo. Porém, não exagere na dose: uma porção da fruta de sua preferência é o suficiente. Se possível, prefira a fruta ao suco.
Grão e cereais integrais
Além de serem ricos em vitaminas e minerais, consumir grãos e fibras é importante também porque eles ajudam no funcionamento do intestino. Além disso, muitos deles fornecem carboidrato de baixo índice glicêmico, aminoácidos essenciais e gorduras insaturadas (a boa gordura) que diminuem a inflamação do organismo e o colesterol ruim (LDL), ao mesmo tempo que dão mais saciedade. Bons exemplos: chia, linhaça, quinoa, granola (sem adição de açúcar) e aveia.
Leites, queijos e derivados
É fundamental contar com uma boa fonte de proteínas no café da manhã. E elas podem ser encontradas no consumo de leite desnatado ou leite de soja, além da ingestão de ovos, iogurte e queijos magros. Tais alimentos repõem as proteínas perdidas que são essenciais para a recuperação dos músculos, a formação de anticorpos, hormônios e enzimas.
Pães, tapioca, mandioca, batata doce, inhame
Pão e torradas integrais, além de farelo de aveia, tapioca e tubérculos, como batata doce e inhame, também podem ser consumidos, por serem fontes de carboidrato de médio ou baixo índice glicêmico (liberam apenas a glicose necessária para o bom funcionamento do cérebro, sem sobrecarregar o corpo) e possuírem fibras e demais substâncias que ajudam no sistema digestivo.
Fonte: Guia Alimentar da População Brasileira, Hospital Albert Einstein e Mayo Clinic
Categoria: Alimentos do Bem